VOCÊ
SABE O QUE SÃO PALAVRAS DÊITICAS?
E se
em um concurso público que exigisse nível superior aparecesse no enunciado de
uma questão qualquer que a palavra “eu” e “tu” são dêiticas porque indicam basicamente quem fala e com quem se está conversando, como você julgaria o item:
certo ou errado?
Bem,
segundo Cervoni
“ Os
dêiticos , cuja série mais representativa é eu, tu, aqui, agora, são palavras
que designam, dentro do enunciado, os elementos constitutivos de toda
enunciação, que são o locutor, o alocutário, o lugar e o tempo da enunciação,
mas ele os designam à sua maneira ‘refletindo sua ocorrência’”.
Jean Cervoni em A enunciação ( L’enonciation)
Então
o item estaria certo, ok pessoas!
Por que estudar a
língua portuguesa normalmente é tão chato?
O
único jeito de estudar a língua portuguesa é estudar a gramática, não tem outro
jeito
não?
Por
exemplo, eu gosto de bater papo. Em português. Não dá para aprender
alguma
coisa sobre a língua portuguesa observando como a gente bate-papo? Falando
nisso, que palavrinhas são aquelas que sempre aparecem numa conversa, como
ahn... ó...bom...seguinte:...O que é isso?
Já
me explicaram que enquanto conversamos estamos criando um texto, mesmo sem
perceber. Quais são os processos de criação de um texto?
Já
notei que o assunto do texto ora avança, ora “empaca”, e a gente começa a se
repetir, a repisar o que já foi dito. Por que isso acontece?
Também
reparei que de repente um assunto que estava sendo debatido é jogado fora e se
começa outro. Isso é normal?
Parece
que o texto é também um montão de sentenças. Existe alguma relação entre o
texto conversacional e as sentenças que aparecem nele? Nesse caso, me explique
o que é uma sentença, quais são suas partes e tipos.
Falando
em sentença, sempre gostei de ficar procurando o Sujeito oculto. É que às vezes
o Sujeito oracional brinca de esconde-esconde. O quê, verbo e complemento
também se escondem? Mas que coisa, hein?!
E chegando aos
finalmentes, qual é o recado que vocês do Portal da Língua Portuguesa estão
querendo nos dar? Quê poderia eu fazer, se ficar com cara de “quero mais”
Ataliba
T. de Castilho (USP, CNPq).
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