terça-feira, 1 de maio de 2012

Refletindo sobre a Língua Portuguesa




VOCÊ SABE O QUE SÃO PALAVRAS DÊITICAS?

E se em um concurso público que exigisse nível superior aparecesse no enunciado de uma questão qualquer que a palavra “eu” e “tu” são dêiticas porque indicam  basicamente quem fala e com quem se está conversando, como você julgaria o item: certo ou errado?
Bem, segundo Cervoni
“ Os dêiticos , cuja série mais representativa é eu, tu, aqui, agora, são palavras que designam, dentro do enunciado, os elementos constitutivos de toda enunciação, que são o locutor, o alocutário, o lugar e o tempo da enunciação, mas ele os designam à sua maneira ‘refletindo sua ocorrência’”.

 Jean Cervoni  em A enunciação ( L’enonciation)

Então o item estaria certo, ok pessoas!

Por que estudar a língua portuguesa normalmente é tão chato?
 O único jeito de estudar a língua portuguesa é estudar a gramática, não tem outro
jeito não?
 Por exemplo, eu gosto de bater papo. Em português. Não dá para aprender
alguma coisa sobre a língua portuguesa observando como a gente bate-papo? Falando nisso, que palavrinhas são aquelas que sempre aparecem numa conversa, como ahn... ó...bom...seguinte:...O que é isso?
 Já me explicaram que enquanto conversamos estamos criando um texto, mesmo sem perceber. Quais são os processos de criação de um texto?
 Já notei que o assunto do texto ora avança, ora “empaca”, e a gente começa a se repetir, a repisar o que já foi dito. Por que isso acontece?
 Também reparei que de repente um assunto que estava sendo debatido é jogado fora e se começa outro. Isso é normal?
 Parece que o texto é também um montão de sentenças. Existe alguma relação entre o texto conversacional e as sentenças que aparecem nele? Nesse caso, me explique o que é uma sentença, quais são suas partes e tipos.
Falando em sentença, sempre gostei de ficar procurando o Sujeito oculto. É que às vezes o Sujeito oracional brinca de esconde-esconde. O quê, verbo e complemento também se escondem? Mas que coisa, hein?!
 E chegando aos finalmentes, qual é o recado que vocês do Portal da Língua Portuguesa estão querendo nos dar? Quê poderia eu fazer, se ficar com cara de “quero mais” 

Ataliba T. de Castilho (USP, CNPq).